A cirurgia de reconstrução mamária é garantida por lei – sim! – e auxilia no processo de recuperação da autoestima e da autoimagem das mulheres afetadas pelo câncer de mama e que tiveram que retirar total ou parcialmente as mamas.
Neste artigo, tiraremos algumas dúvidas comuns sobre o processo de reconstrução em si e falaremos um pouco sobre o câncer de mama (e sobre os cuidados que devem ser tomados).
Câncer de mama: um problema real
De acordo com artigo publicado pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de mama é o tipo mais comum da doença entre mulheres no Brasil e em todo o globo, depois do câncer de pele não melanoma.
A maior parte dos casos ocorre após os 50 anos, mas alguns fatores genéticos e hereditários, além de exposições e fatores ambientais, podem fazer com que a doença atinja mulheres (e homens, em número muito menor) com menos idade.
Quais são os sintomas do câncer de mama?
Na fase inicial, esta doença costuma apresentar os seguintes sintomas:
- Nódulo fixo, geralmente indolor, na região das mamas;
- Alterações em um ou em ambos os mamilos;
- Saída de líquido por um ou pelos dois mamilos;
- Nódulos nas axilas ou no pescoço.
Ao ser detectado precocemente, possui taxas de sucesso bastante consideráveis.
Como forma de vigiar a própria saúde, recomenda-se às mulheres que realizem a mamografia a partir dos 50 anos, de dois em dois anos. Com recomendação médica, no entanto, é possível adiantar esse processo.
Qual é o tratamento?
Varia de acordo com o estágio da doença, com o estado de saúde da paciente e das características do próprio câncer.
É bastante comum que, no início do tratamento, a mulher seja submetida à intervenção cirúrgica. Nesse caso, podem ocorrer duas coisas: a retirada apenas do tumor e a retirada da mama (mastectomia), parcial ou totalmente.
Após a cirurgia, a paciente pode ser encaminhada para a radioterapia ou para a quimioterapia. Outros tratamentos podem ser sugeridos pela equipe responsável por seu atendimento.
Agora, o que é a cirurgia de reconstrução mamária?
É um conjunto de procedimentos de ordem cirúrgica que tem como objetivo reparar parcial ou totalmente as mamas que foram afetadas pelo câncer.
Existem técnicas diferentes de reconstrução. Podemos citar, por exemplo:
Utilização de tecidos provenientes da paciente: nesse processo, a reconstrução tende a ser mais próxima da textura real da mama;
Utilização de expansores ou implantes (inclusive silicone): costuma ser utilizado em pacientes que não possuem grande volume de tecido para ser utilizado na reconstrução.
Quando é possível fazer a reconstrução mamária?
Depende. É recomendado que a paciente esteja em boas condições de saúde, sem traços de sobrepeso ou obesidade, e que esteja com a pressão arterial controlada.
Mulheres que fumam ou que estão com a imunidade baixa também precisam esperar um pouco mais para passar por esse procedimento. Fora isso, há, inclusive, a possibilidade de que a reconstrução seja feita após a retirada total ou parcial das mamas afetadas.
A reconstrução mamária é feita para preservar a autoestima das mulheres que passam por um processo traumático como o câncer e objetiva não apenas alcançar fins estéticos, mas fornecer mais confiança e tranquilidade durante e depois do tratamento da doença.
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